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Justiça concede prisão domiciliar para empresária suspeita de desviar R$ 35 milhões e lavar dinheiro; caso está sob sigilo

Samira Bacha foi presa na última terça-feira (25), na Grande BH. Segundo a polícia, ela 'maquiou planilhas' dos negócios que é sócia para aplicar golpes e...

Justiça concede prisão domiciliar para empresária suspeita de desviar R$ 35 milhões e lavar dinheiro; caso está sob sigilo
Justiça concede prisão domiciliar para empresária suspeita de desviar R$ 35 milhões e lavar dinheiro; caso está sob sigilo (Foto: Reprodução)

Samira Bacha foi presa na última terça-feira (25), na Grande BH. Segundo a polícia, ela 'maquiou planilhas' dos negócios que é sócia para aplicar golpes e comprou artigos de luxo para lavar dinheiro. Crime na alta sociedade: empresária de BH é suspeita de desviar R$ 35 milhões para comprar joias, bolsas e relógios Divulgação A Justiça concedeu prisão domiciliar à empresária Samira Monti Bacha Rodrigues, suspeita de desviar R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro. A informação foi confirmada ao g1, nesta sexta-feira (28), por fontes ligadas ao caso. A substituição do regime teria ocorrido porque a socialite é mãe de filhos menores de 12 anos, o que está previsto na Lei 13.257. Outros quatro investigados que foram detidos seguem no sistema prisional. Todos os envolvidos estão presos temporariamente desde a última terça (25). Eles já foram ouvidos pela Polícia Civil e passaram por audiência de custódia, que teve resultado favorável à manutenção das prisões. Na quinta (27), o processo judicial foi colocado sob sigilo. O g1 procurou a defesa da empresária para um posicionamento, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Bolsas de luxo, apartamento de alto padrão e lavagem de dinheiro: saiba quem é a empresária suspeita de desviar R$ 35 milhões Saiba como funcionava esquema de lavagem de dinheiro feita por socialite suspeita de desviar R$ 35 milhões Pulseira de diamantes, carro de R$ 600 mil e joias de Dubai: o que foi encontrado na casa da socialite suspeita de desviar R$ 35 milhões Entenda o caso Segundo a Polícia Civil, Samira Bacha foi presa no apartamento dela, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Grande BH, na última terça-feira (25). Ela é suspeita de desviar cerca de R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro, convertendo-o em itens de luxo, como joias, relógios e bolsas. Alguns dos itens apreendidas no apartamento de Samira Bacha Reprodução/TV Globo A mulher, de 40 anos, faz parte do quadro societário de vários negócios na Região Metropolitana. As investigação apontaram que a socialite começou a cometer as fraudes em 2020, dois anos após se tornar uma das donas de uma administradora de cartões de benefícios. "Ela começou aumentando o crédito que tem no cartão. Cada cartão tem um limite para fazer compra, e ela percebeu que podia aumentar o limite, gastar o cartão. Depois, ela mesma apagava, tirava a dívida do sistema", explicou o delegado Alex Machado, da delegacia especializada no combate a crimes tributários. Conforme o delegado Alex Machado, a investigada cooptava funcionários da empresa de cartões de benefícios e os fazia maquiar planilhas. Depois disso, passou a atuar em outra companhia do mesmo grupo, especializada em crédito para a classe médica, com valores maiores. "Ela começou a fraudar esses cartões médicos, aumentar os limites mais ainda, cooptar novas pessoas e descobriu, nesse momento, que poderia pegar o valor dos cartões e descarregar, procurar agiotas que passam o cartão, cobram uma taxa e devolvem uma parte. Quando ela descobriu isso, passou o cartão dela, da empresa, para R$ 500 mil. Ela passa a torrar R$ 500 mil por mês e manda apagar do sistema essa dívida", detalhou. Por fim, a mulher migrou para uma terceira empresa do grupo, voltada para a antecipação de recebíveis. "São empresas que têm R$ 10 milhões, R$ 20 milhões para receber. Ela começou a simular operações, como se alguém tivesse pedindo esses valores, e esses valores eram liberados e caíam direto na conta bancária dela. Ela já estava se preparando para ir embora, sumir com tudo que pudesse. Por sorte, foi descoberta por um funcionário", afirmou o delegado. Após ser descoberta, ela foi denunciada pelos sócios. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita chegou a devolver ao grupo parte do dinheiro, mas, posteriormente, passou a negar os desvios e ocultar o restante. Ao todo, 11 pessoas foram presas, incluindo o irmão da empresária, Leonardo Monti Bacha; cinco foram liberadas. Os vídeos mais vistos do g1 Minas: